domingo, 20 de julho de 2008

Okê, Caboclo

Foto: Benjamim Figueiredo, médium do Caboclo Mirim

Do livro Okê, Caboclo, que tem mensagens do Caboclo Mirim recebidas por Benjamim Figueiredo, retiramos o Prefácio, escrito por nosso saudoso irmão Decelso

Prefácio
“A grandeza do discípulo está em reconhecê-la no Mestre”.

Considerei a maior honra, porém, também, a mais difícil tarefa a mim conferida em minha caminhada de discípulo umbandista. E por quê?
O discípulo prefaciar a obra do mestre. Sim, para mim, Benjamim Figueiredo tem sido o mestre, pois em minha segunda etapa de iniciação, procurei aprender com os mais velhos as belas lições sobre a LEI DE UMBANDA e entre esses mais velhos estão: Benjamim Figueiredo e Tancredo da Silva Pinto.
Ainda que não o desejasse, por princípios éticos, citar o nome de Ernesto Emanuele Mandarino, seria isto impossível. E lá vem a segunda pergunta: por quê?
O Brasil todo conhece Tancredo da Silva Pinto e um de seus livros que mais me chama a atenção: “Doutrina e Ritual de Umbanda”; quanto ao Sr. Benjamim Figueiredo, à frente de uma obra extraordinária, seja a TENDA MIRIM, PRIMADO DE UMBANDA, além de incentivador do primeiro e segundo Congresso Brasileiro de Umbanda, realizados, respectivamente, em 1941 e 1961 e, ainda, incentivador do Colegiado Espiritualista do Cruzeiro do Sul, Círculo de Escritores e Jornalistas de Umbanda e, por último, o MOVIMENTO DE UNIFICAÇÃO NACIONAL pró-RELIGIÃO DE UMBANDA do BRASIL, da qual é Conselheiro Nato.
Aqui entra o jovem Ernesto Emanuele Mandarino. Coube-lhe a honra de tornar conhecido de todo o Brasil não só o homem BENJAMIM FIGUEIREDO, mas a obra que realizou ao lado de outros irmãos como o Sr. Major Domingos Santos; Belarmino de Oliveira Pinto Filho e outros.
Não nos cabe julgar, distinguir irmãos, pois todos, de uma ou de outra forma trabalham, realizam, porém desejo, com respeito a todos; sejam dirigentes de Tendas, Terreiras, Cabanas; sejam os que atuam na Imprensa ou no Rádio, ainda que deles divirja – e aqui está a grandeza e beleza doutrinária da LEI DE UMBANDA; podemos divergir, discutir e até “brigar”, uns com os outros; mas a LEI DE UMBANDA permanece intocável, crescendo com os homens, sem os homens e apesar dos homens. Porque é uma LEI DIVINA; sim, hei de destacar os nomes, para mim, dignos de todo o respeito dos jovens, dos mais moços: Benjamim Figueiredo, Tancredo da Silva Pinto, Ernesto Emanuele Mandarino, o pioneiro da literatura umbandista em nosso país.
Benjamim Figueiredo é autor jovem com 64 anos, que mais oferece uma obra onde todos temos muito o que aprender.
Dentro do conjunto religioso de UMBANDA situei-me no Rito inciático e nesta obra da lavra do Primaz, em que a habilidade de Ernesto Emanuele Mandarino conseguiu seja uma obra destinada não apenas aos que se situam neste RITO, mas também, aos do RITO doutrinário – até mesmo os do RITO tradicional nela encontrarão o que as vezes tanto procuraram e lhes será útil.
Pode-se divergir aqui e ali, deste ou daquele trecho. Vejamos. Quando o autor nos fala da Trilogia de UMBANDA e outras conceituações com que não estamos habituados. Contudo isto não diminui o seu mérito, ao contrário, como citei linhas acima, solidifica em todos nós a certeza da grandeza divina da LEI DE UMBANDA.
Outro aspecto que anotamos ao ler “OKÊ, CABOCLO” é a influência hindu, aborígine e o respeito com que o autor se refere à influência afro em nossa Religião.
Além do mais, na primeira parte, em que reuniu as Mensagens do Caboclo Mirim, verdadeiras lições de filosofia autêntica, advertindo-nos da Onipotência de DEUS-Zâmbi e da importância do Homem, ou melhor, o Ser Humano e nestas lições é evidente a influência da filosofia hindu, reforçando a tese defendida por mim sobre o aspecto PANTEÍSTA e HUMANISTA da Religião de Umbanda, pois as referidas Mensagens situa, de modo correto, não só filosófica mas, também, sociologicamente, o Homem – Ser Humano, no centro do Universo como parte dele.
Falando de MORAL, Benjamim Figueiredo, recolhendo as lições de nosso Mestre (este com M), Caboclo Mirim, dando-nos um novo conceito de Moral, por sinal o único que se poderá ajustar aos conceitos jovens de vivência social e que melhor situa a mensagem HUMANISTA da Religião de Umbanda.
Prezado leitor, vou parar aqui, para não lhe furtar o direito de você mesmo ler e julgar esta obra, a qual deve ser, ao lado de “Doutrina e Ritual de Umbanda”; “Umbanda, Evolução Histórico-religiosa”; “Xangô Djacutá”; “Umbanda de Pretos Velhos”, sem os exus, é óbvio; “Umbanda de Caboclos”; “Umbanda Sagrada e Divina”; “Codificação da Lei de Umbanda” e tantas outras, a biblioteca do aprendiz de UMBANDA, ainda que apliquemos as lições do apóstolo do Cristianismo, São Paulo: “EXAMINAI TODAS AS COISAS E RETENDES O QUE FOR MELHOR”, sim, meu leitor e irmão, mas leia MESMO e recolha para sua vida diária de umbandista aquilo que você deve compreender e julgar útil a se tornar um bom umbandista e um correto cidadão, não só para a família, mas para a Pátria e, acima de tudo, para a humanidade, é o que lhe desejamos.
O Discípulo
DECELSO
O livro Okê, Caboclo é publicado pela Editora ECO

Um comentário:

Nova Era disse...

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