quinta-feira, 31 de julho de 2008

Pontos Cantados de Umbanda desde 1908


O CONUB parabenizou nosso dirigente, Pedro Miranda, pela obra musical: “Todo mundo quer Umbanda”, que reúne vários pontos cantados nos primórdios da Umbanda, legado das primeiras entidades que se apresentaram para o trabalho nesta seara espiritual.
Pedro Miranda é um dos principais nomes do movimento umbandista no Rio de Janeiro, atualmente dirigindo a Tenda Espírita São Jorge, a Cabana do Mestre Omulu, a UEUB (União Espiritista de Umbanda do Brasil) e coordenando o CONUB-RJ.
O disco “Todo mundo quer Umbanda”, que tem como subtítulo “Pontos Cantados de Umbanda desde 1908”, foi produzido pelo Sacerdote William de Airá (mestre Obashanan – fundador da Ayom Records e professor FTU).
Essa obra musical é um grande marco na história da Umbanda, pois registra, com qualidade de som e texto, momentos importantes do nosso movimento religioso.
Rivas Netto, dirigente da OICD, escritor de várias obras sobre Umbanda e professor da FTU, fez questão de afirmar ao CONUB e a seus alunos da FTU que Pedro Miranda entregou à sociedade um dos mais precisos registros dos Cânticos Sagrados de Umbanda. Em nome de sua amizade pessoal com Pedro, Rivas o parabenizou e disse esperar que muitos outros trabalhos como esse possam surgir no cenário umbandista.
Para maiores detalhes de como adquirir o CD, envie seu pedido para
ayom77@gmail.com.

Chico, sempre um exemplo a se seguir

Não importa o segmento espírita ou espiritualista ao qual estejamos ligados... Chico é ecumênico. Convergente. Sempre um exemplo a ser seguido...

Chico Xavier, no seu primeiro encontro com Emmanuel
- Está você realmente disposto a trabalhar na mediunidade com o Evangelho de Jesus?
- Sim, se os bons Espíritos não me abandonarem ... respondeu o Médium.
- Não será você desamparado – disse-lhe Emmanuel, mas para isso é preciso que você trabalhe, estude e se esforce no bem.
- E o senhor acha que eu estou em condições de aceitar o compromisso? – tornou o Chico.
- Perfeitamente, desde que você procure respeitar os três pontos básicos para o Serviço. . .
Porque o protetor se calasse, o rapaz perguntou:
- Qual é o primeiro?
A resposta veio firme:
- Disciplina.
- E o segundo?
- Disciplina.
- E o terceiro
- Disciplina.

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Pontos Cantados


Em março de 1953, a Tenda publicou o livro "Umbanda e seus Cânticos" que reunia pontos cantados pela Tenda e observações de seu fundador sobre vários aspectos da Umbanda, tais como as manifestações dos espíritos, sincretismo, espiritismos e ciência, banhos ritualísticos, etc... Reproduzimos as observações finais, sobre os pontos cantados.
107 - Os pontos cantados da Umbanda são verdadeiras preces. Provocam vibrações mentais homogêneas que se aglutinam e formam urna corrente fluidico-magnetica propícia a eficiência maior dos trabalhos experimentais. Como hino ou evocação, os pontos podem ser de atração ou afastamento; de alegria ou de luta; de festa ou de demanda, etc. Sua finalidade é, porém, sempre, a de reunir, homogeneizar pensamentos.
108 - Como os pontos riscados a pemba e que valem por urna linguagem escrita em diagramas, num simbolismo cujo significado nos escapa, mas e familiar aos habitantes do plano astral, aos quais se dirige essa escrita estranha, - também os pontos cantados, salvo raras exceções, têm origem espiritual. Os guias transmitem a letra dos mesmos e ensinam a respectiva música, sempre original, jamais compilada.
109 - Os erros ortográficos que apresentam muitos pontos derivam de deficiências de médiuns, podendo ser, igualmente, uma contingência da forma sob a qual se apresente a entidade que os transmita. Ainda, podem refletir o nível intelectual inferior do meio humano em que são recebidos. Isso é um detalhe sem maior significação, pela menos quanto ao seu valor espiritual Tais erros, evidentemente, irão sendo eliminados à medida que o clima humano das Tendas se vá aprimorando, por imperativo de estética, exclusivamente.

João Severino Ramos
março de 1953

terça-feira, 29 de julho de 2008

O CONUB – Conselho Nacional da Umbanda do Brasil -

A Faculdade de Teologia de Umbanda – FTU – como parte de suas atividades docentes, promoveu vários encontros intra-religiosos. Destes encontros nasceu o CONUB – Conselho Nacional da Umbanda do Brasil. Entre os muitos que estiveram presentes a sua fundação e assinaram a ata que dava início aos trabalhos deste Conselho estava Marizeli Marques Sampaio, representado a Tenda Espírita São Jorge.
O CONUB está estruturado nacionalmente através de uma diretoria e coordenadorias regionais, que hoje alcançam todos os estados das Regiões Sul e Sudeste e alguns estados de outras regiões.
Atualmente, a coordenadoria do CONUB-RJ tem como coordenador geral nosso dirigente dos trabalhos espirituais, Pedro Miranda, que como tal pode ser contactado pelo e-mail
conubrj@conub.org.br. No Rio, algumas sub-coordenadorias foram criadas (Petrópolis, Ilha do Governador, entre outras) para agilizar os trabalhos. Para conhecer os demais coordenadores é só visitar o site do Conselho. .
Mas para que serve o CONUB? “Os princípios sobre os quais se fundamenta a visão e as proposições defendidas pelo Conselho, expressos aqui de forma sintética, estabelecem que a diversidade de ritos e cultos praticados no movimento umbandista expressam a pluralidade, a qual nos remete à unidade”.
O CONUB respeita, e abraça representantes de todas, as diversas escolas umbandistas.
O que se entende por “escola”? Escola é a linha de transmissão da cultura e da vivência umbandística de um determinado grupo, tem visões particulares e reais do todo. A Tenda Espírita São Jorge, portanto, faz parte da Escola do Caboclo das Sete Encruzilhadas.
A finalidade do CONUB é se consolidar como uma instituição que, sem discriminar qualquer espécie nos aspectos religiosos, culturais e sociais, represente todas as escolas de Umbanda defendendo aqueles que são nossos interesses comuns.
O CONUB se propõe a:
Promover a união, a vivência, a integração, a identificação e o levantamento de umbandistas em todo o território nacional.
Respeitar incondicionalmente a pluralidade de ritos e cultos existentes no movimento umbandista, com base no entendimento de que as escolas hoje existentes expressam verdades que levam ao todo, sem, contudo, sintetizá-lo.
Divulgar, esclarecer e conscientizar os umbandistas da necessidade do respeito incondicional à diversidade e à pluralidade de ritos e cultos existentes em todo o território nacional, especialmente no sentido de que é impossível adotar uma determinada doutrina ou forma de entendimento da Umbanda sem conseqüentemente excluir a outra, descartando assim a possibilidade de codificá-la;
Incentivar a ampla divulgação e o debate da rica e diversificada doutrina umbandista por meio de publicações, conferências, reuniões, congressos, cursos, seminários, workshops, palestras e outras iniciativas semelhantes, não só entre suas várias escolas, como também em todos os demais segmentos da sociedade.
Promover uma cultura de paz entre as diversas religiões, incentivando o diálogo entre vários segmentos religiosos.
Você pode saber mais sobre o CONUB e suas atividades em todos os estados onde já se faz presente, visitando seu site:
http://www.conub.org.br/














Visita do grupo do Rio a FTU
Gira de Confraternização na Tenda Espirita Mirim. Evento promovido pelo CONUB e UEUB (União Espiritista de Umbanda do Brasil)
Reunião do grupo do CONUB RJ

domingo, 27 de julho de 2008

Recordar é viver 2


Foto da visita do GAU Rio a OICD

O GAU e sua breve história

Histórico e Registro da visita à TNSP em 17/11/1999
As fotografias históricas (no final do texto) foram tiradas em um momento muito especial do movimento, iniciado algum tempo antes sob o nome sugestivo de GAU – Grupo de Amigos da Umbanda, e contou com diversos integrantes desse grupo fantástico, inclusive gente do Paraná.
A partir de alguns fóruns de discussão na internet, Fernando e Carlos Leitão iniciaram em 1998 encontros regulares com o fim de estudar a doutrina umbandista a partir das obras dos mestres Yapacani (W.W. da Matta e Silva) e Yamunisiddha Arhapiagha (Francisco Rivas Neto), esse último sendo Grão Mestre da O.I.C.D. – Ordem Iniciática do Cruzeiro Divino (www.umbanda.org). Na seqüência dessas reuniões passamos, também, a amadurecer a idéia de abrirmos um templo filiado à OICD no Rio de Janeiro.
À medida em que esses encontros eram divulgados nos fóruns da internet, mais pessoas se interessavam em participar do grupo que então se formava, ainda sem um nome a identificá-lo, e se juntavam a ele. Na seqüência das atividades do grupo passamos a participar de alguns encontros organizados em diversos templos umbandistas, que eram organizados por Pedro Miranda e outras pessoas de destaque no movimento umbandista com o fim de organizar um novo Congresso de Umbanda, fato que não chegou a ser concretizado.
Com a adoção do nome GAU o movimento alcançou dimensão nacional, com o surgimento de núcleos GAU em várias cidades brasileiras e até do exterior, mais especificamente Buenos Aires, Argentina, representado por um simpático e engajado casal, Hélio e Ana, o primeiro enfermeiro e a segunda médica, que tivemos o prazer de recepcionar no Rio de Janeiro por ocasião de um desses intercâmbios. No Rio de Janeiro o GAU chegou a ter por volta de 15 participantes efetivos, que promoviam encontros semanais de estudo e visitas pontuais a outras casas de Umbanda, como a que aparece registrada por essas fotografias. Então promovemos um concurso nacional para adotarmos uma identificação visual, e dentre as várias sugestões que recebemos, esta que vai ao lado, criada pelo Carlos Leitão, profissional designer de alto gabarito, destacou-se, vindo a ser adotada como o símbolo oficial do movimento. Camisas foram confeccionadas e utilizadas pelos componentes do grupo em nossas visitas, provocando um impacto altamente positivo. A receptividade àquele grupo tão diversificado, em que participavam pessoas de inúmeras casas e até mesmo sem terreiro, era excelente, muitas vezes ouvíamos dizer “lá vem o pessoal do GAU” e então era aquela confraternização saudável e inspiradora.
Como podemos deduzir pelo que relatamos até agora, o objetivo inicial do grupo – estudo doutrinário – acabou transformando-se espontaneamente na vontade de conhecer outras culturas dentro do próprio movimento umbandista e promover a convivência entre todas as correntes, o que ficava patente em cada visita que fazíamos.
No ano seguinte à visita que fizemos à TENSP, talvez demarcando o clímax do movimento, o GAU-Rio foi diminuindo suas atividades pela própria dinâmica do processo, tendo seus integrantes buscado caminhos diversos a partir do despertar da consciência individual de cada um, até a sua completa extinção. Não temos conhecimento de que tenha se mantido em outras regiões, por isso acreditamos que tenha sido extinto pela mesma força que o criou.
Há que se registrar que o maior fruto colhido por todos os que participaram desse movimento excepcional e digno de ser registrado nos anais da história da Umbanda do Brasil, foi o crescimento espiritual e pessoal de todos nós, o que conceituamos como “despertar consciencional”, não havendo aquele cuja vida não se modificou a partir de então, uns com mudanças radicais, outros nem tanto, mas todos, pelo que sabemos, cresceram em sua senda evolutiva.
Vejamos como exemplos mais claros dessa mudança a concretização daquela intenção de se criar um templo filiado à OICD no Rio, que veio a ser a Choupana do Sr. 7 Montanhas, com sede em Maricá – RJ, que ficou sob a batuta de Antônio Carlos (Yamaratanan), e ainda o Armando Fernandes, que montou seu TCP – Cantinho de Pai Cipriano, casa que, com as bênçãos de Oxalá, cresce a olhos vistos, seja pelo número de adeptos, seja pelo alcance de seus trabalhos caritativos, fiel à máxima umbandista “manifestação do espírito para a caridade”.
Retomando os nossos relatos, registramos a passagem dos anos para dizer que em 2003 uma grande conquista para a Umbanda é alcançada, que é a concretização da primeira faculdade de Teologia Umbandista, a FTU (www.ftu.org.br), instituição gerada e mantida pela OICD, devidamente registrada pelo MEC.
Em 2005 tivemos uma espécie de revival dos tempos auspiciosos do GAU, só que em escala incomparavelmente maior e representativa, com a organização dos chamados “locutórios” promovidos pela FTU em São Paulo e em diversas outras cidades brasileiras, e no mesmo ano talvez a maior das conquistas na direção de alcançarmos uma posição de respeito à Umbanda pela sociedade brasileira e planetária, que foi a criação do Conselho Nacional dos Umbandistas do Brasil (CONUB), que em fevereiro de 2006 empossou sua segunda diretoria.
Talvez o GAU tenha sido a manifestação embrionária de todo esse movimento que nos traz a FTU, o CONUB, os locutórios e uma vontade renovada de nos unir pela Umbanda, não para colocá-la acima de qualquer outra filosofia do Sagrado, mas para situá-la em pé de igualdade com os demais movimentos religiosos, trazendo-lhe credibilidade, reconhecimento e dignidade para todos os seus simpatizantes e adeptos.
A Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade foi a primeira das 7 casas erguidas sob o comando do Caboclo das 7 Encruzilhadas, através de seu médium Zélio Fernandino de Moraes. Nesta época (1999) funcionava na Rua Teodoro da Silva, quase esquina com a José Vicente, na altura do Grajaú. Após o desencarne de D. Zélia, passou por algumas dificuldades e hoje em dia seus ritos ocorrem na “Boca do Mato”, em Niterói, em giras mensais. Abaixo descrevemos cada foto e o seu conteúdo:






Zelia e Zilméia - filhas de Zélio de Moraes







Em pé: Carlos Leitão, D. Zélia (uma das filhas de Zélio Fernandino de Moraes, desencarnada em 2000), Fernando Pinto, D. Zilméia (a outra filha de Zélio, hoje (2004) com 90 anos e ainda na ativa na TNSP1, funcionando atualmente em Boca do Mato, Henrique Landi (o Neto), Armando Fernandes (hoje dirigente do Templo A Caminho da Paz) e Marizeli (ciganinha_rj - representando a Tenda Espírita São Jorge, uma das 7 erguidas sob o comando do Caboclo das 7 Encruzilhadas). Agachados: Yamaratanan (pai Antônio Carlos, Dirigente da Choupana do Senhor Sete montanhas, filiada à OICD), Vânia, Lucilia e Eder, esses últimos representando o Terreiro de Pai Maneco, de Curitiba-PR.






Henrique Landi (Presidente da Tenda Espírita Fraternidade da Luz), abraçado com D. Zélia e D. Zilméia de Moraes.








Antônio Carlos (Yamaratanan), D. Zélia e Fernando Pinto.








Henrique Landi, Lucilia, Armando, Yamaratanan, Vânia, Ciganinha e Fernando Pinto.


Caboclo Branca Lua (incorporado em Dona Zilméia), riscando o ponto do Caboclo das Sete Encruzilhadas e de Pai Antônio.












Caboclo Sete Flechas (incorporado em D.Zélia, então com 87 anos!!!), riscando o Ponto de Ogum Malê.









Momento de descontração, entre o Caboclo Branca Lua, e a irmã Lucilia.








Dona Zélia de Moraes e Armando Fernandes.






Lucilia, Henrique Landi, Eder e Marcos Valério (Editor do Jornal "Umbanda Hoje").

Corpo Mediúnico Feminino da TENSP.


Corpo Mediúnico Masculino da TENSP
(Detalhe: cumprimento fraterno do Caboclo Branca Lua
ao Presidente da T.E.F.L. (Henrique Landi).
Texto de Fernando Pinto

sábado, 26 de julho de 2008

Nanã - Salubá Nanã - 26 de julho














Nanã - escultura de Carybé em madeira
(Museu Afro-Brasileiro, Salvador, Bahia)







Virgem,Menino e Santa Ana -
Leonardo Da Vinci






Saravá Nanã Buruquê


Em África
Nanã Buruku é a deusa das chuvas, senhora da morte, e responsável pelos portais de entrada (reencarnação) e saída (desencarne).
Em sua passagem pela Terra, foi a primeira Iyabá e a mais vaidosa, em nome da qual desprezou seu filho primogênito com Oxalá, Omulu, por ter nascido com várias doenças de pele. Não admitindo cuidar de uma criança assim, acabou abandonando-o no pântano. Sabendo disso, Oxalá condenou-a a ter mais filhos, os quais nasceriam anormais (Oxumarê, Ewá e Ossaim), e a baniu do reino, ordenando-lhe que fosse viver no mesmo lugar onde abandonou seu pobre filho, no pântano.
Nanã tornou-se uma das iabás mais temidas, tanto que em algumas tribos quando seu nome era pronunciado todos se jogavam ao chão. Senhora das doenças cancerígenas, está sempre ao lado do seu filho Omulu. Protetora dos idosos, desabrigados, doentes e deficientes visuais. É um vodun, segundo alguns pesquisadores, originário de Dassá-Zoumé, é uma velha divindade das águas. Pierre Verger encontrou um Templo Dassá-Zoumé e o sacerdote do seu culto.
A área que abrange seu culto é muito vasta e parece estender-se de leste, além do rio Níger, até a região Tapá, a oeste, além do rio Volta, nas regiões dos "guang", ao nordeste dos Ashanti.
Entre os fon e mahi ela é considerada uma divindade hermafrodita, anterior a MAwu e Lissá, aos quais teria dado origem em associação com a "serpente do Universo" Dan Aido Hwedo. Para os ewes e minas, ela é às vezes vista como um vodun masculino (Nana Densu), esposo da grande mãe das águas Mami Wata.

No Brasil
Nanã Buruku é cultuada no Candombé Jejê como um vodun e no Candomblé Ketu como um orixá da chuva, das águas paradas, mangeu, terra molhada, lama e considerada a mãe dos orixás Obaluaiyê, Iroko, Osanyn, Oxumarê e Yewá.
Nanã é chamada carinhosamente de "Avó", por ser usualmente imaginada como uma anciã. É cultuada em todo o Brasil nas religiões afro-brasileiras. Seu emblema é o Ibiri que caracteriza sua relação com os espíritos ancestrais. Como "Mãe-Terra Primordial" dos grãos e dos mortos, Nanã Buruku poderia ser equiparada à deusa greco-romana Deméter-Ceres-Cibele.
No sincretismo afro-católico ela é equiparada à Sant'Ana, mãe da Virgem Maria e avó de Jesus Cristo.
A existência do culto de Nanã Buruku é atribuída a tempos remotos, anteriores à descoberta do ferro, por isso, em seus rituais, não costumam ser utilizados objetos cortantes de metal. O baobá ("Adansonia digitata L.", em iorubá ossê e em fon akpassatin) é sua árvore sagrada.
Suas cores são o lilás e o roxo. Seu dia da semana terça-feira. Predominância: morte, vida, reencarnação, medicina, doenças, chuvas, enchentes, deficiência visual, lama, manguezal, pessoas desabrigadas e idosas.
Saudação: Salubá Nanã!

Fonte: Wikipedia - http://pt.wikipedia.org/

Mansidão e Piedade




Divaldo Franco e Joana de Ângelis

Se caminhas sob chuvas de impropérios e maldições, cultiva a mansidão e exercita a piedade.
Se atravessas provas rudes, assoalhadas por aflições contínuas, guarda-te na mansidão e desenvolve a piedade.
Se sofres agressões prolongadas, que se não justificam, permanece com mansidão e desenvolve a piedade.
Se tombas nas ciladas bem urdidas, propostas por adversários encarnados ou não, mantém-te em mansidão e esparze a piedade.
Se te açodam circunstâncias rudes e tudo parece conspirar contra tuas lutas de redenção, não te descures da mansidão nem da piedade.
Aclamado pelo entusiasmo passageiro de amigos ou admiradores, sustenta a mansidão e insiste na piedade.
Guindado a posições de relevo transitório e requestado pelo momento de ilusão, não te afaste da mansidão da piedade.
Carregado de êxitos terrenos e laureado por enganosas situações, envolve-te na mansidão e não te distancies da piedade.
Recomendado pelas pessoas proeminentes ou procurado pelos triunfos humanos, persevera com mansidão e trabalha com piedade.
Mansidão e piedade em qualquer circunstância, sempre.
A mansidão coloca-te interiormente indene à agressividade dos que se comprazem no mal e a piedade envolve-os em vibrações de amor.
A mansidão faz-te compreender que necessitas de crescimento espiritual e, por enquanto, a dor ainda se torna instrumento educativo.
A piedade evita que mágoas ou seqüelas de aborrecimento tisnem os teus ideais de enobrecimento.
A mansidão acalma; a piedade socorre.
Com mansidão seguirás a trilha da humildade e com a piedade prosseguirás retribuindo com o bem a todo e qualquer mal.
A mansidão identifica o cristão e a piedade fala das suas conquistas interiores.-
"Bem-aventurados os mansos e pacificadores - ensinou Jesus - porque eles herdarão a Terra"... feliz do continente da alma imortal.

Joanna de Ângelis psicografada por Divaldo Franco
Publicada no livro Otimismo da Editora LEAL

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Primeiro Congresso de Espiritismo de Umbanda

Esta foto com participantes do
Primeiro Congresso de Espiritismo de Umbanda
foi encontrada nos arquivos da TESJ

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Uma história para refletir...

Cenoura, ovo ou café?
Uma filha se queixou a seu pai sobre sua vida e de como as coisas estavam tão difíceis para ela. Ela já não sabia mais o que fazer e queria desistir.Estava cansada de lutar e combater. Parecia que assim que um problema estava resolvido um outro surgia.
Seu pai, um chef, levou-a até a cozinha dele. Encheu três panelas com água e colocou cada uma delas em fogo alto.
Em uma ele colocou cenouras, em outra colocou ovos e, na última pó de café. Deixou que tudo fervesse, sem dizer uma palavra.
A filha deu um suspiro e esperou impacientemente, imaginando o que ele estaria fazendo.
Cerca de vinte minutos depois, ele apagou as bocas de gás. Pescou as cenouras e as colocou em uma tigela. Retirou os ovos e os colocou em uma tigela. Então pegou o café com uma concha e o colocou em uma tigela.
Virando-se para ela, perguntou:
- "Querida, o que você está vendo?"
- "Cenouras, ovos e café” - ela respondeu.
Ele a trouxe para mais perto e pediu-lhe para experimentar as cenouras. Ela obedeceu e notou que as cenouras estavam macias.
Ele, então, pediu-lhe que pegasse um ovo e o quebrasse. Ela obedeceu e pois de retirar a casca verificou que o ovo endurecera com a fervura.
Finalmente, ele lhe pediu que tomasse um gole do café.Ela sorriu ao provar seu aroma delicioso.
- "O que isto significa, pai?”.
Ele explicou que cada um deles havia enfrentado a mesma adversidade, a água fervendo, mas que cada um reagira de maneira diferente.
A cenoura entrara forte, firme e inflexível, mas depois de ter sido submetida à água fervendo, ela amolecera e se tornara frágil.
Os ovos eram frágeis - sua casca fina havia protegido o líquido interior, mas depois de terem sido fervidos na água, seu interior se tornara mais rijo.
O pó de café, contudo, era incomparável; depois que fora colocado na água fervente, ele havia mudado a água. Ele perguntou à filha:- "Qual deles é você, minha querida?
Quando a adversidade bate à sua porta, como você responde? Você é como a cenoura que parece forte, mas com a dor e a adversidade você murcha, torna-se frágil e perde sua força? Ou será você como o ovo, que começa com um coração maleável, mas que depois de alguma perda ou decepção se torna mais duro, apesar de a casca parecer a mesma?
Ou será que você é como o pó de café, capaz de transformar a adversidade em algo melhor ainda do que ele próprio?"
Somos nós os responsáveis pelas próprias decisões. Cabe a nós - somente a nós - decidir se a suposta crise irá ou não afetar nosso rendimento profissional, nossos relacionamentos pessoais, nossa vida enfim.
Ao ouvir outras pessoas reclamando da situação, ofereça uma palavra positiva. Mas você precisa acreditar nisso.
Confiar que você tem capacidade e tenacidade suficientes para superar mais este desafio.
Espero que, nestas semanas que se seguem, quando lhe convidarem para tomar um café, você possa repassar essa história.
"Uma vida não tem importância se não for capaz de impactar positivamente outras vidas".
Com as nossas melhores vibrações de paz e amor
A associação aliança dos cegos é uma entidade filantrópica que existe há 74 anos, e seu trabalho já é amplamente conhecido pela sociedade, justamente pela seriedade, responsabilidade, e, acima de tudo, amor ao próximo com que trabalhamos. É uma associação que cuida de pessoas idosas com problemas visuais. Pessoas que apesar de rejeitadas pela sociedade, ainda têm a esperança de viver com dignidade. Entretanto, a realidade brasileira nos faz enfrentar uma situação desfavorável, que ameaça fechar nossas portas. Diante disso, resolvemos não esperar pelo governo, e tomamos uma atitude visando resolver tal situação. Começamos um trabalho voltado para arrecadação de fundos, onde voluntárias ligam para que a Associação não deixe nunca de cuidar dessas pessoas. Além disso, um fator agravante da nossa situação é que devemos prestar assistência médica, dentária, alimentícia, entre outras, para renovarmos nosso título de entidade filantrópica, conforme o decreto acima citado, fato que nos envolve numa constante luta contra o tempo e contra nossas finanças. Porem, graças a esse novo trabalho, estamos conseguindo aos poucos melhorar nossa situação, apesar das desconfianças que enfrentamos por causa das denúncias que outras entidades não tão sérias como nós recebem. Gostaríamos de deixar claro que estamos abertos para qualquer visita na Rua 24 de Maio, nº 47, bairro São Francisco - Rio de Janeiro - RJ, de 8h às 17h.

Retirado do site Ajuda Brasil - http://www.ajudabrasil.org/




A Ciência sem a Religião é manca,
a Religião sem a Ciência é cega.

Albert Einstein

Embora ninguém possa voltar atrás
e fazer um novo começo,
qualquer um pode começar agora
a fazer um novo fim.

Chico Xavier

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Hino da Umbanda

Para ouvir e ver. O Hino da Umbanda em uma inspirada criação de uma Fada.

domingo, 20 de julho de 2008

Okê, Caboclo

Foto: Benjamim Figueiredo, médium do Caboclo Mirim

Do livro Okê, Caboclo, que tem mensagens do Caboclo Mirim recebidas por Benjamim Figueiredo, retiramos o Prefácio, escrito por nosso saudoso irmão Decelso

Prefácio
“A grandeza do discípulo está em reconhecê-la no Mestre”.

Considerei a maior honra, porém, também, a mais difícil tarefa a mim conferida em minha caminhada de discípulo umbandista. E por quê?
O discípulo prefaciar a obra do mestre. Sim, para mim, Benjamim Figueiredo tem sido o mestre, pois em minha segunda etapa de iniciação, procurei aprender com os mais velhos as belas lições sobre a LEI DE UMBANDA e entre esses mais velhos estão: Benjamim Figueiredo e Tancredo da Silva Pinto.
Ainda que não o desejasse, por princípios éticos, citar o nome de Ernesto Emanuele Mandarino, seria isto impossível. E lá vem a segunda pergunta: por quê?
O Brasil todo conhece Tancredo da Silva Pinto e um de seus livros que mais me chama a atenção: “Doutrina e Ritual de Umbanda”; quanto ao Sr. Benjamim Figueiredo, à frente de uma obra extraordinária, seja a TENDA MIRIM, PRIMADO DE UMBANDA, além de incentivador do primeiro e segundo Congresso Brasileiro de Umbanda, realizados, respectivamente, em 1941 e 1961 e, ainda, incentivador do Colegiado Espiritualista do Cruzeiro do Sul, Círculo de Escritores e Jornalistas de Umbanda e, por último, o MOVIMENTO DE UNIFICAÇÃO NACIONAL pró-RELIGIÃO DE UMBANDA do BRASIL, da qual é Conselheiro Nato.
Aqui entra o jovem Ernesto Emanuele Mandarino. Coube-lhe a honra de tornar conhecido de todo o Brasil não só o homem BENJAMIM FIGUEIREDO, mas a obra que realizou ao lado de outros irmãos como o Sr. Major Domingos Santos; Belarmino de Oliveira Pinto Filho e outros.
Não nos cabe julgar, distinguir irmãos, pois todos, de uma ou de outra forma trabalham, realizam, porém desejo, com respeito a todos; sejam dirigentes de Tendas, Terreiras, Cabanas; sejam os que atuam na Imprensa ou no Rádio, ainda que deles divirja – e aqui está a grandeza e beleza doutrinária da LEI DE UMBANDA; podemos divergir, discutir e até “brigar”, uns com os outros; mas a LEI DE UMBANDA permanece intocável, crescendo com os homens, sem os homens e apesar dos homens. Porque é uma LEI DIVINA; sim, hei de destacar os nomes, para mim, dignos de todo o respeito dos jovens, dos mais moços: Benjamim Figueiredo, Tancredo da Silva Pinto, Ernesto Emanuele Mandarino, o pioneiro da literatura umbandista em nosso país.
Benjamim Figueiredo é autor jovem com 64 anos, que mais oferece uma obra onde todos temos muito o que aprender.
Dentro do conjunto religioso de UMBANDA situei-me no Rito inciático e nesta obra da lavra do Primaz, em que a habilidade de Ernesto Emanuele Mandarino conseguiu seja uma obra destinada não apenas aos que se situam neste RITO, mas também, aos do RITO doutrinário – até mesmo os do RITO tradicional nela encontrarão o que as vezes tanto procuraram e lhes será útil.
Pode-se divergir aqui e ali, deste ou daquele trecho. Vejamos. Quando o autor nos fala da Trilogia de UMBANDA e outras conceituações com que não estamos habituados. Contudo isto não diminui o seu mérito, ao contrário, como citei linhas acima, solidifica em todos nós a certeza da grandeza divina da LEI DE UMBANDA.
Outro aspecto que anotamos ao ler “OKÊ, CABOCLO” é a influência hindu, aborígine e o respeito com que o autor se refere à influência afro em nossa Religião.
Além do mais, na primeira parte, em que reuniu as Mensagens do Caboclo Mirim, verdadeiras lições de filosofia autêntica, advertindo-nos da Onipotência de DEUS-Zâmbi e da importância do Homem, ou melhor, o Ser Humano e nestas lições é evidente a influência da filosofia hindu, reforçando a tese defendida por mim sobre o aspecto PANTEÍSTA e HUMANISTA da Religião de Umbanda, pois as referidas Mensagens situa, de modo correto, não só filosófica mas, também, sociologicamente, o Homem – Ser Humano, no centro do Universo como parte dele.
Falando de MORAL, Benjamim Figueiredo, recolhendo as lições de nosso Mestre (este com M), Caboclo Mirim, dando-nos um novo conceito de Moral, por sinal o único que se poderá ajustar aos conceitos jovens de vivência social e que melhor situa a mensagem HUMANISTA da Religião de Umbanda.
Prezado leitor, vou parar aqui, para não lhe furtar o direito de você mesmo ler e julgar esta obra, a qual deve ser, ao lado de “Doutrina e Ritual de Umbanda”; “Umbanda, Evolução Histórico-religiosa”; “Xangô Djacutá”; “Umbanda de Pretos Velhos”, sem os exus, é óbvio; “Umbanda de Caboclos”; “Umbanda Sagrada e Divina”; “Codificação da Lei de Umbanda” e tantas outras, a biblioteca do aprendiz de UMBANDA, ainda que apliquemos as lições do apóstolo do Cristianismo, São Paulo: “EXAMINAI TODAS AS COISAS E RETENDES O QUE FOR MELHOR”, sim, meu leitor e irmão, mas leia MESMO e recolha para sua vida diária de umbandista aquilo que você deve compreender e julgar útil a se tornar um bom umbandista e um correto cidadão, não só para a família, mas para a Pátria e, acima de tudo, para a humanidade, é o que lhe desejamos.
O Discípulo
DECELSO
O livro Okê, Caboclo é publicado pela Editora ECO

Pelo Dia do Amigo

E um adolescente disse: “Fala-nos da Amizade”.
E ele respondeu, dizendo:
“Vosso amigo é a satisfação de vossas necessidades.
Ele é o campo que semeais com carinho e ceifais com agradecimento.
É vossa mesa e vossa lareira.
Pois ides a ele com vossa fome e o procurais em busca da paz.
Quando vosso amigo manifesta seu pensamento não temeis o “não” de vossa própria opinião, nem prendeis o “sim”.
E quando ele se cala, vosso coração continua a ouvir o seu coração.
Porque na amizade, todos os desejos, ideais, esperanças, nascem e são partilhados sem palavras, numa alegria silenciosa.

Quando vos separais de vosso amigo, não vos aflijais.
Pois o que vós amais nele pode tornar-se mais claro na sua ausência, como para o alpinista a montanha aparece mais clara vista da planície.
E que não haja outra finalidade na amizade a não ser o amadurecimento do espírito.
Pois o amor que procura outra coisa a não ser a revelação de seu próprio mistério não é amor, mas uma rede armada, e somente o inaproveitável são nela apanhado.

E que o melhor de vós próprios seja para vosso amigo.
Se ele deve conhecer o fluxo de vossa maré, que conheça também o seu refluxo.
Pois, que achais seja vosso amigo para que o procureis somente a fim de matar o tempo?
Procurai-o sempre com horas para viver.
Pois o papel do amigo é o de encher vossa necessidade, e não vosso vazio.
E na doçura da amizade, que haja risos e o partilhar dos prazeres.
Pois no orvalho de pequenas coisas, o coração encontra sua manhã e se sente refrescado”.

Gibran Khalil Gibran
O Profeta

Histórias da Tenda

Prezado irmão
A UMBANDA FOI, A UMBANDA É, E A UMBANDA SEMPRE SERÁ UM ETERNO DESAFIO.
A Tenda Espírita São Jorge, a sexta Tenda fundada sob a orientação direta do Caboclo dasSete Encruzilhadas, tendo início de suas atividades religiosas a partir de 15 de fevereiro de 1935, portanto, há 73 anos, desde o seu início teve gira de EXU. A fixação da energia de EXU na Tenda Espirita São Jorge foi realizada por SEU TIRIRI, numa mata, num formigueiro. Até hoje o Dono da sua tronqueira é SEU TIRIRI. Os médiuns passam. Entretanto, quem firmou no início permanece e permanecerá eternamente na responsabilidade da Tronqueira. Um fato. O uso da Bebida na Gira de Exu, SEU TIRIRI, num coité grande curiava a marafo e depois passava o coité para que cada um dos EXUS incorporados tirassem o seu gole.Tínhamos um cambono. Esse cambono ia com o coité levando a todos os EXU para que pudessem curiar. O cambono tomava um gole e dava o coité ao EXU. A cada Exu representava um gole do cambono. Esse cambono nunca saiu da Tenda Espírita São Jorge após a sessão com qualquer problema. Sempre saiu bem. Numa sessão SEU TIRIRI disse para o cambono que naquela noite ele não iria servir aos EXUS e nem tomar qualquer gole da marafo. Assim, aconteceu. No final da sessão, o cambono ficou num estado de embriaguez que teve que ser levado para casa em carro. Aí, vem a nossa indagação científica sob a ação desses Espíritos incorporados nos médiuns de Umbanda. De que forma, agiram o espíritos sobre o corpo físico e o períspirito do cambono para deixá-lo de forma de uma total embriaguez? Esse fato merece ser estudado e avaliado. A Umbanda nos oferece condição de estudo e pesquisa, acima das limitações das tradições que se repetem sem buscar o que demais importante a UMBANDA nos proporciona, a oportunidade da nossa reeducação espiritual. Podem os espíritos agir sobre o corpo físico de uma pessoa deixando-o fora de si? E como agem nesse proceso? E o que SEU TIRIRI naquela oportunidade quis nos ensinar.
Fraternalmente
Pedro Miranda

Retirado da Lista de Discussões Saravá Umbanda

Movimento Umbanda Solidária

No Rio, doações podem ser feitas, em vários lugares, entre eles o HemoRio, situado na Rua Frei Caneca, número 08 (próximo ao campo de Santana e ao lado do Hospital Souza Aguiar, Centro)
Telefones para informações: 21 2299-9442 ou 0800-820708
Home Page na Internet: http://www.hemorio.rj.gov.br/

domingo, 13 de julho de 2008

As Sete Lágrimas... de Pai-Preto


Foi uma noite estranha aquela noite queda; estranhas vibrações afins penetravam meu Ser Mental e o faziam ansiado por algo que pouco a pouco se fazia definir.
Era um quê desconhecido, mas sentia-o como se estivesse em comunhão com minha alma e externava a sensação de um silencioso pranto...
Quem do mundo Astral emocionava assim um pobre "eu"? Não o soube, até adormecer.., e "sonhar".
Vi meu "duplo" transportar-se, atraído por cânticos que falavam de Aruanda, Estrela Guia e Zamby; eram as vozes da SENHORA DA LUZ-VELADA, dessa UMBANDA DE TODOS NÓS que chamavam seus filhos de fé...
E fui visitando Cabanas e Tendas, onde multidões desfilavam, mas surpreso ficava com aquela "visão" que em cada uma eu "via"; invariavelmente, num canto, pitando, um triste Pai-preto, chorava.
De seus "olhos" molhados, esquisitas lágrimas desciam-lhe pelas faces e não sei porque, contei-as... foram sete. Na incontida vontade de saber, aproximei-me e Interroguei-o: fala Pai-preto, diz a teu filho por que externas assim uma tão visível dor?
E Ele, suave, respondeu: estás vendo essa multidão que entra e sai? As lágrimas contadas distribuídas estão a cada uma delas.
A primeira eu a dei a esses indiferentes que aqui vêm em busca de distração, na curiosidade de ver, bisbilhotar, para saírem ironizando daquilo que suas mentes ofuscadas não podem conceber...
Outra, a esses eternos duvidosos que acreditam, desacreditando, na expectativa de um "milagre" que os façam "alcançar" aquilo que seus próprios merecimentos negam.
E mais outra foi para esses que crêem, porém, numa crença cega, escrava de seus interesses estreitos. São os que vivem eternamente tratando de "casos" nascentes uns após outros...
E outras mais que distribuí aos maus, aqueles que somente procuram a Umbanda em busca de vingança, desejam sempre prejudicar a um seu semelhante - eles pensam que nós, os Guias, somos veículos de suas mazelas, paixões, e temos obrigação de fazer o que pedem... pobres almas, que das brumas ainda não saíram.
Assim vai lembrando bem, a quinta lágrima foi diretamente aos frios e calculistas - não crêem, nem descrêem; sabem que existe uma força e procuram se beneficiar dela de qualquer forma. Cuida-se deles, não conhecem a palavra gratidão, negarão amanhã até que conheceram uma casa da Umbanda... Chegam suaves, têm o riso e o elogio à flor dos lábios, são fáceis, muito fáceis; mas se olhares bem seus semblantes, verás escrito em letras claras: creio na tua Umbanda, nos teus Caboclos e no teu Zamby, mas somente se vencerem o "meu caso", ou me curarem "disso ou daquilo"...
A sexta lágrima eu a dei aos fúteis que andam de Tenda em Tenda, não acreditam em nada, buscam apenas aconchegos e conchavos; seus olhos revelam um interesse diferente, sei bem o que eles buscam.
E a sétima, filho, notaste como foi grande e como deslizou pesada? Foi a ÚLTIMA LÁGRIMA, aquela que "vive' nos "olhos" de todos os Orixás; fiz doação dessa, aos vaidosos, cheios de empáfia, para que lavem suas máscaras e todos possam vê-los como realmente são...
"Cegos, guias de cegos", andam se exibindo com a Banda, tal e qual mariposas em torno da luz; essa mesma LUZ que eles não conseguem VER, porque só visam à exteriorização de seus próprios "egos"...
"Olhai-os" bem, vede como suas fisionomias são turvas e desconfiadas; observai-os quando falam "doutrinando"; suas vozes são ocas, dizem tudo de "cor e salteado", numa linguagem sem calor, cantando loas aos nossos Guias e Protetores, em conselhos e conceitos de caridade, essa mesma caridade que não fazem, aferrados ao conforto da matéria e à gula do vil metal. Eles não têm convicção.
Assim, filho meu, foi para esses todos que viste cair, uma a uma, AS SETE LÁGRIMAS DE PAI-PRETO! Então, com minha alma em pranto, tornei a perguntar: não tens mais nada a dizer, Pai-Preto? E, daquela "forma velha", vi um véu caindo e num clarão intenso que ofuscava tanto, ouvi mais uma vez...
"Mando a luz da minha transfiguração para aqueles que esquecidos pensam que estão... ELES FORMAM A MAIOR DESSAS MULTIDÕES"...
São os humildes, os simples; estão na Umbanda pela Umbanda, na confiança pela razão... SÃO OS SEUS FILHOS DE FÉ.
São também os "aparelhos", trabalhadores, silenciosos, cujas ferramentas se chamam DOM e FÉ, e cujos "salários" de cada noite... são pagos quase sempre com urna só moeda, que traduz o seu valor numa única palavra - a INGRATIDÃO...
W.W. da Matta e Silva (Yapacani)
* Imagem de Pai Jovino das Almas - TESJ

sábado, 12 de julho de 2008

João o filho de Zebedeu -

João o filho de Zebedeu
Dos vários nomes de Jesus
Observastes que alguns de nós chamamos Jesus o Cristo e alguns, a Palavra; e outros o chamam o Nazareno, e ainda outros, o Filho do Homem.
Tentarei esclarecer esses nomes à luz do que me é dado.
O Cristo, Aquele que era no antigo dos dias, é a chama de Deus que mora no espírito do homem. É o hálito da vida que nos visita e adquire para Si Mesmo um corpo igual ao nosso.
É a vontade do Senhor.
É a primeira Palavra, que fala com nossa voz e vive em nosso ouvido para que prestemos atenção e compreendamos.
E a Palavra do Senhor nosso Deus construiu uma morada de carne e ossos, e foí homem como vós e eu.
Pois não poderíamos ouvir a canção do vento, incorpóreo, nem ver nosso Eu maior caminhando no nevoeiro.
O Cristo tem vindo ao mundo muitas vezes, e tem percorrido muitas terras. E sempre foi considerado um estranho e um louco.
Contudo; o som de Sua voz nunca desceu ao vácuo, pois a memória do homem guarda aquilo que sua mente não cuida de guardar.
Esse é o Cristo, o recôndito e a altitude, que marcha com o homem para a eternidade.
Não ouvistes falar dele nas encruzilhadas da Índia, e na terra dos Magos, e sobre as areias do Egito?
E aqui em vosso País do Norte, vossos bardos de antanho cultuaram Prometeu, o trazedor do fogo, o desejo realizado do homem, a enjaulada esperança posta em liberdade; e Orfeu, que veio com uma voz e uma lira vivificar o espírito nos animais e nos homens.
E não ouvistes falar de Mitra, o rei, e de Zoroastro, o profeta dos persas, que despertaram do antigo sono do homem e se puseram ao pé do leito de nossos sonhos?
Nós mesmos nos tornamos homem ungido quando nos encontramos no Templo Invisível, uma vez em cada mil anos. Então, surge um Encarnado, e à Sua chegada nosso silêncio se transforma em canções.
Contudo, nossos ouvidos não se voltam sempre para escutar nem nossos olhos para ver.
Jesus, o Nazareno, nasceu e criou-se como nós próprios; Sua mãe e Seu pai eram quais os nossos pais, e Ele era um homem.
Mas o Cristo, a Palavra que era no princípio, o Espírito que nos levaria a viver uma vida mais completa, juntou-se a Jesus e permaneceu com Ele.
E o espírito era a mão poética do Senhor, e Jesus era a harpa.
O Espírito era o Salmo, e Jesus era a melodia do salmo.
E Jesus, o Homem de Nazaré, era o hospedeiro e o porta-voz do Cristo, que caminhava conosco ao sol e nos chamava Seus amigos.
Naqueles dias, as colinas da Galiléia e seus vales não ouviam outra coisa senão a Sua voz. E eu era então um jovem, e trilhava o Seu caminho e seguia Suas pegadas.
E segui Suas pegadas e trilhei Seu caminho para ouvir as palavras do Cristo, dos lábios de Jesus da Galiléia.
Agora sabereis porque alguns de nós O chamávamos O Filho do Homem.
Ele próprio desejava ser chamado assim, pois conhecia a fome e a sede do homem, e contemplava o homem em procura do seu Eu maior.
O Filho do Homem era Cristo o Benevolente, que queria estar com todos nós.
Ele era Jesus o Nazareno, que queria levar todos os Seus Irmãos ao Ser Ungido, ou mesmo à Palavra que estava, desde o princípio, com Deus.
Em meu coração mora Jesus da Galiléia, o Homem acima de todos os homens, o Poeta que faz poetas de todos nós, o Espírito que bate a nossa porta para que despertemos e nos levantemos e saíamos ao encontro da verdade nua e liberta
.
Do livro Jesus, o Filho do Homem De Gibran Khalil Gibran

Caminhos

As religiões são como caminhos diferentes que convergem para um mesmo ponto.

Que importa que tomemos itinerários diferentes, desde que cheguemos à mesma meta?


Mahatma Ghandi

Caminhos

As religiões são como caminhos diferentes que convergem para um mesmo ponto.

Que importa que tomemos itinerários diferentes, desde que cheguemos à mesma meta?


Mahatma Ghandi

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Recordar é viver...


Alguns dos nossos irmãos e das nossas irmãs que estão na foto a cima já regressaram à pátria da espiritualidade - como diz nosso irmão Pedro - mas continuam presentes em nossa memória e em nossos corações.

Nosso carinho a quem fez parte importante destes 73 anos. Um momento da festa de Ogum, nos anos 90.

Fechar os olhos para enxergar ...

A religião trabalha com a confiança: quanto mais você confia, mais religioso se torna. A ciência operou milagres e esses milagres são bem visíveis. A religião operou milagres maiores, mas esses milagres não são visíveis. Porque mesmo que Buda esteja aqui, o que você pode sentir? o que pode ver? Ele não é visível - apenas seu corpo é visível. Visivelmente é tão mortal quanta você; aparentemente ficará velho e morrerá um dia - e, no entanto, ele é a própria negação da morte. Mas você não tem olhos para ver o invisível, não tem capacidade para sentir o mais profundo, o desconhecido.
Por isso é que, pouco a pouco, apenas os olhos confiantes começam a sentir e tornam-se sensitivos. Confiar significa fechar esses dois olhos. Eis porque a confiança é cega, tão cega quanto o amor - ou melhor, mais cega que o amor.
Quando você fecha esses olhos, o que acontece? Uma transformação interna! Ao fechar esses olhos, que olham para fora, o que acontece com a energia que estava saindo por eles? Começa a mover-se para dentro. Ela não pode fluir dos olhos para os objetos; então começa a voltar, torna-se um retorno. A energia não pode ficar estática, tem de mover-se; se você fecha uma válvula, esta começa a procurar outra. Quando os dois olhos estão fechados, a energia que estava se movendo para eles começa a retornar - há uma reversão.
E essa energia aquece o terceiro olho. O terceiro olho não é algo físico. É justamente essa energia que estava se movendo para os objetos exteriores e que agora retorna a fonte - esse retorno transforma-se no terceiro olho, na terceira forma de ver o mundo.
Apenas por esse terceiro olho é que Jesus poderá ser compreendido. Se você não tiver o terceiro olho, Jesus poderá estar aqui, mas você não verá - muitos não o viram. Em sua cidade natal, as pessoas pensavam que ele fosse apenas o filho do carpinteiro José. Ninguém, ninguém pode reconhecer o que estava acontecendo a esse homem: que ele não era mais o filho do carpinteiro, que ele havia se transformado no filho de Deus - mas esse é um fenômeno interno. Quando Jesus declarou: "Eu sou o filho do Divino, do Pai que está no Céu", as pessoas riram e disseram:
"Ou você ficou louco, ou é um tolo, ou então é um homem muito astuto. Como o filho de um carpinteiro o pode, de repente, transformar-se no filho de Deus?". Entretanto, isso é possível...
Apenas o corpo nasce do corpo. A alma não nasce do corpo; nasce do Espírito Santo, nasce do Divino. Mas primeiro, é preciso ter olhos para ver e ouvidos para ouvir.
Entender Jesus é algo muito sutil. Para isso, a pessoa precisa passar por um grande treinamento. E justamente como entender música clássica. Se você começar, de repente, a ouvir música clássica, pensará: "Que coisa mais absurda!". A música clássica é tão delicada que um longo treino é necessário. A pessoa precisa passar par um aprendizado de muitos e muitos anos. Só então seus ouvidos estarão treinados para captar o sutil - a partir daí, não existirá nada como a música clássica. A música popular, do dia a dia, como a música dos filmes, não representará absolutamente nada, apenas ruídos desconexos.
Por seus ouvidos não estarem treinados, você vive com esses ruídos e pensa que isso é música. Para ouvir música é preciso ter um ouvido muito sensível. Um treino é necessário e quanto maior o treinamento, mais o sutil tornar-se-á visível. Contudo, a música clássica não é nada diante de Jesus, porque Jesus é a música cósmica.
Somente quando você estiver silencioso, sem qualquer vacilação no pensamento, sem um só movimento no seu ser é que poderá ouvir Jesus, entender Jesus e conhecê-lo.
Jesus costumava repetir isto muitas e muitas vezes: "Quem tiver ouvidos, que ouça! Quem tiver olhos, que veja!" Por que?
Ela estava falando em outra dimensão de entendimento, que apenas um discípulo pode compreender. Muito poucos entenderam Jesus, mas isso está na própria natureza das coisas, isso tem de ser assim.

Do livro “A semente de mostarda” Osho

terça-feira, 8 de julho de 2008

Aprenda com as crianças

Aprenda com as crianças
"Precisa-se: Professor. Devera ter a sabedoria de Salomão, a paciência de Jó e a coragem de Davi".
Este é o anúncio que eu mandaria publicar se - quisesse encontrar o professor de catecismo ideal. Eu mesmo tentei esse trabalho durante três anos e, por experiência própria, acrescentaria que ajuda se o professor tiver a capacidade de Jonas para ressurgir sorrindo, a fé dos primeiros cristãos no Dia dos Leões no Coliseu e a confiança que tinha Noé, de que a viagem vale o trabalho.
Mas, se foi um período difícil, foi também um prazer. Minhas experiências e as de meus colegas professores mostram as maravilhosas percepções das crianças quando se deparam pela primeira vez com os mistérios da fé.
As crianças têm uma faculdade fantástica de reduzir o inexplicável aos termos delas. Vejam a criança explicando como Deus cria as pessoas:
"Primeiro Ele nos desenha e depois Ele nos recorta". Ou a criança descrevendo o que é um halo: "os santos têm aquela rodinha em cima da cabeça e sempre procuram andar com cuidado para ficarem bem debaixo dela. A rodinha acende".
Às vezes não é possível dizer as coisas com mais precisão, como no caso da criança descrevendo a diferença entre protestantes, católicos e judeus: "São apenas maneiras diferentes de votar em Deus".
Uma lógica clara e irrefutável é o privilegio das crianças. Vejam o guri a quem perguntaram o que é preciso fazer para se obter o perdão do pecado; respondeu ele: “Pecar”. Ou a criança que ouviu a história do Filho Pródigo pela primeira vez. “No meio de todas as comemorações pela volta do filho Pródigo”, disse o professor, “havia uma pessoa para quem a festa não trazia alegria alguma, só amargura. Sabem me dizer quem foi?’” “O novilho gordo?”, sugeriu uma vozinha triste.
Uma lógica inversa parece aplicar-se no caso de uma criança que tinha acabado de ouvir a história do Bom Samaritano. "o que é que isso te ensina?", perguntaram-lhe. "Que quando estou em apuros, alguém deve me ajudar".
Logicamente, também, as crianças relacionam as alusões bíblicas com o mundo em que vivem. Se não sabem a resposta a uma pergunta, logo sua imaginação borbulhante Ihe fornece uma. Quando perguntaram a um menino por que não havia mais oferendas de incenso a Deus, sugeriu: "Poluição do ar". Uma de minhas preferidas no departamento da "lógica interna" e a história de um pastor mostrando um quadro de Cristo a uma criança. Não é realmente Jesus, explicou ele, e sim a concepção que o artista tem dele. “É, mas parece-se demais com ele", disse a criança.
Quem já ouviu criancinhas rezando sabe que esses momentos são cheios de surpresas, resenhas familiares e vislumbres do que se passa na cabeça da criança. Um garotinho, sentindo com um castigo, acabou suas orações com bênçãos costumeiras para todos os membros da família menos um. Então, virando-se para o pai, disse: "Acho que você reparou que não estava na minha oração".
As orações das crianças têm uma intimidade e franqueza espantosas. Uma criança, quando teve permissão da mãe para ir a um piquenique que ela havia vetado anteriormente, disse: "E tarde, mamãe. Já rezei para que chovesse".
Professores de catecismo deparam com perguntas que há séculos vêm fazendo os doutores em Teologia arrancarem os cabelos, tais como: "Se Deus nos criou todos a sua imagem e semelhança, por que alguns são feios e maus?". As respostas das crianças muitas vezes são melhores do que as nossas. A pergunta: "Por que só existe um Deus?", uma criança respondeu: "Porque Deus enche todos os espaços e não há lugar para outro". Quando pediram a um menino para explicar a diferença entre o papel do Criador e do Salvador, ele o fez com uma concisão extraordinária: "Deus nos traz e Jesus nos leva".
A fé das crianças tem uma inocência - uma confiança e franqueza - que reflete o verdadeiro sentido da Bíblia quando diz: "Aquele que não receber o reino de Deus como menino, de modo algum entrará nele".

Dick Van Dyke astro de TV e cinema dos USA

Umbanda, quem és?

- Quem sou? É difícil determinar.
Sou a fuga para alguns, a coragem para outros.

Sou o tambor que ecoa nos terreiros,
trazendo o som das selvas e das senzalas.

Sou o cântico que chama ao convívio seres de outros planos.

Sou a senzala do Preto Velho, a ocara do Bugre, a cerimônia do Pajé,
a encruzilhada do Exu, o jardim da Ibejada,
o nirvana do Hindu e o céu dos Orixás.

Sou o café amargo e o cachimbo do Preto Velho,
o charuto do Caboclo e do Exu; o cigarro da Pomba-Gira
e o doce do Ibejê.

Sou a gargalhada da Padilha, o requebro da Cigana,
a seriedade do Tranca-Rua.

Sou o sorriso e a meiguice de Maria Conga e de Cambinda;
a traquinada de Mariazinha da Praia e a sabedoria de Urubatão.

Sou o fluído que se desprende das mãos do médium
levando a saúde e a paz.
Sou o isolamento dos orientais,
onde o mantra se mistura ao perfume suave do incenso.

Sou o Templo dos sinceros e o teatro dos atores.

Sou livre. Não tenho Papas.

Sou determinada e forte.

Minhas forças?
Elas estão no homem que sofre e que clama por piedade,
por amor, por caridade.

Minhas forças estão nas entidades espirituais
que me utilizam para seu crescimento.
Estão nos elementos. Na água, na terra, no fogo e no ar;
na pemba, na tuia, no mandala do ponto riscado.
Estão finalmente na tua crença, na tua Fé,
que é o elemento mais importante na minha alquimia.
Minhas forças estão em ti, no teu interior, lá no fundo,
na última partícula da tua mente, onde te ligas ao Criador.

Quem sou?
Sou a humildade, mas cresço quando combatida.
Sou a prece, a magia, o ensinamento milenar, sou cultura.
Sou o mistério, o segredo, sou o amor e a esperança. Sou a cura.
Sou de ti. Sou de Deus. Sou Umbanda.
Só isso. Sou Umbanda.
Elcyr Barbosa

Mensagens dos Mestres - De Coração a Coração

“O trabalho evolutivo é muito mais do que supões. Não se resume apenas em conhecer assuntos esotéricos, ter acesso aos níveis superiores ou praticar meditação. O verdadeiro trabalho evolutivo é realizado a cada segundo da vida. Vigia teus pensamentos com atenção redobrada. Vigia tuas ações e mede tuas palavras. Cada tarefa diária, por mais insignificante que pareça, deve ser realizada com atenção, respeito e não impulsiva e mecanicamente. Não te deixes enganar por aqueles que se auto denominam espiritualistas. É pelas ações que se reconhece o verdadeiro espiritualista que, muitas vezes, ou na maioria das vezes, não pertence a nenhum grupo ou associação de estudos espiritualistas, mas que, com atos pensados e com profundo respeito, realiza suas tarefas diárias. Cada situação, cada pessoa, cada trabalho, é colocado em tua vida para que aprendas algo através dele. Poderás, aprender a ter paciência, calma, a servir, a anular a personalidade, a sublimar desejos, a ser tolerante, a expandir tua compreensão, amor, ou fortalecer tua fé e força de vontade. Começa a reparar com atenção o teu dia-a-dia e verás quantas lições e aprendizados passam despercebidos, pois, muitas vezes, não estavas "presente" ao realizá-los, ou reclamavas, ou ainda fazias por fazer etc... E, quando as lições não são assimiladas, as mesmas situações retornam para que consigas aprender com elas. E, se novamente reclamares, etc.etc..., novamente elas voltarão e assim por diante, até que aprendas e possas saltar para uma oitava superior no ciclo de aprendizado. Tu mesmo crias essas situações que muitas vezes detestas. Só quando tiveres a consciência e o amadurecimento para recebê-las, aceitá-Ias e realizá-las dando o melhor de ti, incorporando e compreendendo os ensinamentos nelas contidas, não mais precisarás passar pela mesma situação”.
Canalização dos Mestres da Fraternidade Branca
por Maria Stella Leccoq
Revista AMALUZ outubro/1998

Tenda Espirita São Jorge Completa 73 Anos de Trabalho Espiritual

A Tenda Espírita São Jorge, templo umbandista, fundada em 15 de fevereiro de 1935, a sexta tenda nascida da orientação do Caboclo das Sete Encruzilhadas, completou 73 (setenta e três) anos de trabalho pela caridade espiritual. O médium fundador da Tenda Espírita São Jorge foi João Severino Ramos, médium de Ogum Timbiri, mentor espiritual da Tenda Espírita São Jorge, do Caboclo Teimoso de Aruanda, de Seu Baiano, de Pai Felipe e de Exu Tiriri. . João Severino Ramos quando recebeu a orientação do Caboclo das Sete Encruzilhadas para fundar a Tenda Espírita São Jorge integrava o corpo mediúnico da Tenda Espírita Nossa Senhora da Guia, sob a direção do nosso irmão Durval, que funcionava num sobrado da Rua Camerino, na cidade do Rio de Janeiro. Acompanharam João Severino Ramos a Tia Albina, médium de Pai Cipriano e do Exu Vampiro; nosso irmão Bastos que exerceu durante muitos anos a Vice-Presidência da Tenda Espírita São Jorge. Justo lembrar os nomes de tantos e tantos irmãos que durante esses anos colaboraram para que a Tenda Espírita São Jorge pudesse alcançar seus 73 anos de fundação. Feliciano Lopes de Almeida, médium de Ogum Beira Mar, do Caboclo Caribá, de Pai Jovino das Almas, de Pai João, de Pedro Mineiro e do Exu Arranca Toco. Feliciano Lopes de Almeida dirigiu os trabalhos da Tenda Espírita Sao Jorge por muito tempo, principalmente, no período em que João Severino Ramos teve que embarcar para a ItaIia, na fase da Segunda Guerra Mundial, trabalhando como enfermeiro nos campos de batalha. José Cândido, médium do Caboclo Nazareno, de Pai Fabrício das Almas e de Exu Sete Encruzilhadas; Henrique Pinto, médium de Ogum Guerreiro, de Pai José e de Seu Tranca Rua das Almas; Doguiar, médium de Pai Joaquim e de Exu Veludo; Jovelina, médium de Pai Jeremias, do Caboclo Serra Negra e de Exu Guerreiro e tantos e tantos irmãos que nos lograram o exemplo da dedicação e responsabilidade mediúnica. Exerceram a Presidência da Tenda Espírita São Jorge, o Dr. Antônio Pedro Barbosa. Almirante; nosso irmão Olivério Soares Bittencourt, nosso irmão Batista; nosso irmão Mário Basile Sampaio; nosso irmão Nélson Silva e atualmente o nosso irmao Jose Carlos Lopes Coelho(Tico). No dia 18 de fevereiro de 2008, data em que se festejou os 73 anos de sua re fundação, participaram desse encontro fraterno os irmaos: Esmeralda da Oxum, dirigente da Tenda Espírita Nossa Senhora da Conceição; Ordem Iniciática do Cruzeiro Divino, sob a direção do nosso irmao Norevaldo; Casa se de Caridade Pai João de Angola; Casa Cristã de Caridade; Irmandade Batuira e Pai Miguel das Almas; Conub - Conselho Nacional dos Umbandistas do Brasil; FTU - Faculdade de Teologia de Umbanda; e Tenda Espírita Pai Oxalá; Cabana do Metre Omulu, representada por Renato Cortes Peralva; UEUB - União Espiritista de Umbanda do Brasil a qual está filiada a Tenda Espírita São Jorge e o Vereador Átila Nunes Neto que nos brindou com suas palavras de fratemas.
Jornal de Umbanda - maio de 2008