sábado, 26 de julho de 2008

Nanã - Salubá Nanã - 26 de julho














Nanã - escultura de Carybé em madeira
(Museu Afro-Brasileiro, Salvador, Bahia)







Virgem,Menino e Santa Ana -
Leonardo Da Vinci






Saravá Nanã Buruquê


Em África
Nanã Buruku é a deusa das chuvas, senhora da morte, e responsável pelos portais de entrada (reencarnação) e saída (desencarne).
Em sua passagem pela Terra, foi a primeira Iyabá e a mais vaidosa, em nome da qual desprezou seu filho primogênito com Oxalá, Omulu, por ter nascido com várias doenças de pele. Não admitindo cuidar de uma criança assim, acabou abandonando-o no pântano. Sabendo disso, Oxalá condenou-a a ter mais filhos, os quais nasceriam anormais (Oxumarê, Ewá e Ossaim), e a baniu do reino, ordenando-lhe que fosse viver no mesmo lugar onde abandonou seu pobre filho, no pântano.
Nanã tornou-se uma das iabás mais temidas, tanto que em algumas tribos quando seu nome era pronunciado todos se jogavam ao chão. Senhora das doenças cancerígenas, está sempre ao lado do seu filho Omulu. Protetora dos idosos, desabrigados, doentes e deficientes visuais. É um vodun, segundo alguns pesquisadores, originário de Dassá-Zoumé, é uma velha divindade das águas. Pierre Verger encontrou um Templo Dassá-Zoumé e o sacerdote do seu culto.
A área que abrange seu culto é muito vasta e parece estender-se de leste, além do rio Níger, até a região Tapá, a oeste, além do rio Volta, nas regiões dos "guang", ao nordeste dos Ashanti.
Entre os fon e mahi ela é considerada uma divindade hermafrodita, anterior a MAwu e Lissá, aos quais teria dado origem em associação com a "serpente do Universo" Dan Aido Hwedo. Para os ewes e minas, ela é às vezes vista como um vodun masculino (Nana Densu), esposo da grande mãe das águas Mami Wata.

No Brasil
Nanã Buruku é cultuada no Candombé Jejê como um vodun e no Candomblé Ketu como um orixá da chuva, das águas paradas, mangeu, terra molhada, lama e considerada a mãe dos orixás Obaluaiyê, Iroko, Osanyn, Oxumarê e Yewá.
Nanã é chamada carinhosamente de "Avó", por ser usualmente imaginada como uma anciã. É cultuada em todo o Brasil nas religiões afro-brasileiras. Seu emblema é o Ibiri que caracteriza sua relação com os espíritos ancestrais. Como "Mãe-Terra Primordial" dos grãos e dos mortos, Nanã Buruku poderia ser equiparada à deusa greco-romana Deméter-Ceres-Cibele.
No sincretismo afro-católico ela é equiparada à Sant'Ana, mãe da Virgem Maria e avó de Jesus Cristo.
A existência do culto de Nanã Buruku é atribuída a tempos remotos, anteriores à descoberta do ferro, por isso, em seus rituais, não costumam ser utilizados objetos cortantes de metal. O baobá ("Adansonia digitata L.", em iorubá ossê e em fon akpassatin) é sua árvore sagrada.
Suas cores são o lilás e o roxo. Seu dia da semana terça-feira. Predominância: morte, vida, reencarnação, medicina, doenças, chuvas, enchentes, deficiência visual, lama, manguezal, pessoas desabrigadas e idosas.
Saudação: Salubá Nanã!

Fonte: Wikipedia - http://pt.wikipedia.org/

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