domingo, 27 de julho de 2008

O GAU e sua breve história

Histórico e Registro da visita à TNSP em 17/11/1999
As fotografias históricas (no final do texto) foram tiradas em um momento muito especial do movimento, iniciado algum tempo antes sob o nome sugestivo de GAU – Grupo de Amigos da Umbanda, e contou com diversos integrantes desse grupo fantástico, inclusive gente do Paraná.
A partir de alguns fóruns de discussão na internet, Fernando e Carlos Leitão iniciaram em 1998 encontros regulares com o fim de estudar a doutrina umbandista a partir das obras dos mestres Yapacani (W.W. da Matta e Silva) e Yamunisiddha Arhapiagha (Francisco Rivas Neto), esse último sendo Grão Mestre da O.I.C.D. – Ordem Iniciática do Cruzeiro Divino (www.umbanda.org). Na seqüência dessas reuniões passamos, também, a amadurecer a idéia de abrirmos um templo filiado à OICD no Rio de Janeiro.
À medida em que esses encontros eram divulgados nos fóruns da internet, mais pessoas se interessavam em participar do grupo que então se formava, ainda sem um nome a identificá-lo, e se juntavam a ele. Na seqüência das atividades do grupo passamos a participar de alguns encontros organizados em diversos templos umbandistas, que eram organizados por Pedro Miranda e outras pessoas de destaque no movimento umbandista com o fim de organizar um novo Congresso de Umbanda, fato que não chegou a ser concretizado.
Com a adoção do nome GAU o movimento alcançou dimensão nacional, com o surgimento de núcleos GAU em várias cidades brasileiras e até do exterior, mais especificamente Buenos Aires, Argentina, representado por um simpático e engajado casal, Hélio e Ana, o primeiro enfermeiro e a segunda médica, que tivemos o prazer de recepcionar no Rio de Janeiro por ocasião de um desses intercâmbios. No Rio de Janeiro o GAU chegou a ter por volta de 15 participantes efetivos, que promoviam encontros semanais de estudo e visitas pontuais a outras casas de Umbanda, como a que aparece registrada por essas fotografias. Então promovemos um concurso nacional para adotarmos uma identificação visual, e dentre as várias sugestões que recebemos, esta que vai ao lado, criada pelo Carlos Leitão, profissional designer de alto gabarito, destacou-se, vindo a ser adotada como o símbolo oficial do movimento. Camisas foram confeccionadas e utilizadas pelos componentes do grupo em nossas visitas, provocando um impacto altamente positivo. A receptividade àquele grupo tão diversificado, em que participavam pessoas de inúmeras casas e até mesmo sem terreiro, era excelente, muitas vezes ouvíamos dizer “lá vem o pessoal do GAU” e então era aquela confraternização saudável e inspiradora.
Como podemos deduzir pelo que relatamos até agora, o objetivo inicial do grupo – estudo doutrinário – acabou transformando-se espontaneamente na vontade de conhecer outras culturas dentro do próprio movimento umbandista e promover a convivência entre todas as correntes, o que ficava patente em cada visita que fazíamos.
No ano seguinte à visita que fizemos à TENSP, talvez demarcando o clímax do movimento, o GAU-Rio foi diminuindo suas atividades pela própria dinâmica do processo, tendo seus integrantes buscado caminhos diversos a partir do despertar da consciência individual de cada um, até a sua completa extinção. Não temos conhecimento de que tenha se mantido em outras regiões, por isso acreditamos que tenha sido extinto pela mesma força que o criou.
Há que se registrar que o maior fruto colhido por todos os que participaram desse movimento excepcional e digno de ser registrado nos anais da história da Umbanda do Brasil, foi o crescimento espiritual e pessoal de todos nós, o que conceituamos como “despertar consciencional”, não havendo aquele cuja vida não se modificou a partir de então, uns com mudanças radicais, outros nem tanto, mas todos, pelo que sabemos, cresceram em sua senda evolutiva.
Vejamos como exemplos mais claros dessa mudança a concretização daquela intenção de se criar um templo filiado à OICD no Rio, que veio a ser a Choupana do Sr. 7 Montanhas, com sede em Maricá – RJ, que ficou sob a batuta de Antônio Carlos (Yamaratanan), e ainda o Armando Fernandes, que montou seu TCP – Cantinho de Pai Cipriano, casa que, com as bênçãos de Oxalá, cresce a olhos vistos, seja pelo número de adeptos, seja pelo alcance de seus trabalhos caritativos, fiel à máxima umbandista “manifestação do espírito para a caridade”.
Retomando os nossos relatos, registramos a passagem dos anos para dizer que em 2003 uma grande conquista para a Umbanda é alcançada, que é a concretização da primeira faculdade de Teologia Umbandista, a FTU (www.ftu.org.br), instituição gerada e mantida pela OICD, devidamente registrada pelo MEC.
Em 2005 tivemos uma espécie de revival dos tempos auspiciosos do GAU, só que em escala incomparavelmente maior e representativa, com a organização dos chamados “locutórios” promovidos pela FTU em São Paulo e em diversas outras cidades brasileiras, e no mesmo ano talvez a maior das conquistas na direção de alcançarmos uma posição de respeito à Umbanda pela sociedade brasileira e planetária, que foi a criação do Conselho Nacional dos Umbandistas do Brasil (CONUB), que em fevereiro de 2006 empossou sua segunda diretoria.
Talvez o GAU tenha sido a manifestação embrionária de todo esse movimento que nos traz a FTU, o CONUB, os locutórios e uma vontade renovada de nos unir pela Umbanda, não para colocá-la acima de qualquer outra filosofia do Sagrado, mas para situá-la em pé de igualdade com os demais movimentos religiosos, trazendo-lhe credibilidade, reconhecimento e dignidade para todos os seus simpatizantes e adeptos.
A Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade foi a primeira das 7 casas erguidas sob o comando do Caboclo das 7 Encruzilhadas, através de seu médium Zélio Fernandino de Moraes. Nesta época (1999) funcionava na Rua Teodoro da Silva, quase esquina com a José Vicente, na altura do Grajaú. Após o desencarne de D. Zélia, passou por algumas dificuldades e hoje em dia seus ritos ocorrem na “Boca do Mato”, em Niterói, em giras mensais. Abaixo descrevemos cada foto e o seu conteúdo:






Zelia e Zilméia - filhas de Zélio de Moraes







Em pé: Carlos Leitão, D. Zélia (uma das filhas de Zélio Fernandino de Moraes, desencarnada em 2000), Fernando Pinto, D. Zilméia (a outra filha de Zélio, hoje (2004) com 90 anos e ainda na ativa na TNSP1, funcionando atualmente em Boca do Mato, Henrique Landi (o Neto), Armando Fernandes (hoje dirigente do Templo A Caminho da Paz) e Marizeli (ciganinha_rj - representando a Tenda Espírita São Jorge, uma das 7 erguidas sob o comando do Caboclo das 7 Encruzilhadas). Agachados: Yamaratanan (pai Antônio Carlos, Dirigente da Choupana do Senhor Sete montanhas, filiada à OICD), Vânia, Lucilia e Eder, esses últimos representando o Terreiro de Pai Maneco, de Curitiba-PR.






Henrique Landi (Presidente da Tenda Espírita Fraternidade da Luz), abraçado com D. Zélia e D. Zilméia de Moraes.








Antônio Carlos (Yamaratanan), D. Zélia e Fernando Pinto.








Henrique Landi, Lucilia, Armando, Yamaratanan, Vânia, Ciganinha e Fernando Pinto.


Caboclo Branca Lua (incorporado em Dona Zilméia), riscando o ponto do Caboclo das Sete Encruzilhadas e de Pai Antônio.












Caboclo Sete Flechas (incorporado em D.Zélia, então com 87 anos!!!), riscando o Ponto de Ogum Malê.









Momento de descontração, entre o Caboclo Branca Lua, e a irmã Lucilia.








Dona Zélia de Moraes e Armando Fernandes.






Lucilia, Henrique Landi, Eder e Marcos Valério (Editor do Jornal "Umbanda Hoje").

Corpo Mediúnico Feminino da TENSP.


Corpo Mediúnico Masculino da TENSP
(Detalhe: cumprimento fraterno do Caboclo Branca Lua
ao Presidente da T.E.F.L. (Henrique Landi).
Texto de Fernando Pinto

Um comentário:

N.S das Graças disse...

oi,eu sou Higor tenho 13 anos, sou ogãn desde 7 anos de idade,frequento o centro da minha vó tenda espirita N.S das graças,que meu pai oxalá de muita saude a vocês.