Num momento em que várias casas de Umbanda e Cancomblé têm sido alvo de depredação e vídeos postados no Youtube colocam, principalmente os umbansitas e candomblecistas como adoradores do Diabo, numa clara demonstração de ignorância de nossa prática e de nossos conceitos religiosos a caminhada precisa da presença maciça de todos nós.A Caminhada não privilegia nenhuma religião, prova disso foi a presença na primeira de representantes de vários segmentos religiosos, como judeus, Hare Krisna, budistas, ciganos, membros da Perfect Liberty, católicos, ortodoxos, batistas, entre outros.
Mas podem participar também os que não têm religião alguma, os que sejam ateus. Ao defender que o direito de liberdade de escolha da religião está se defendendo o direito democrático, está se defendendo a cidadania.
Em pleno século XXI, III Milênio, é inadimissível que os meios de comunicação sejam utilizados para uma reedição medieval de caça às bruxas. É inadimissível que a sociedade seja omissa e deixe impunes atos que desrespeitam o direito de livre escolha de credo religioso e que a Constituição deste país seja desrespeitada via Internet por aqueles que interpretam mal o texto bíblico e são capazes de defender idéias como "Biblia Sim - Constituição não". A Caminhada, por tanto, mais do que um evento religioso, é um evento que luta pela democracia e pela cidadania de todos nós.
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