terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Quedas e fracassos dos médiuns

É com grande tristeza, que vimos, dentro de uma serena e acurada observação, quase que direta sobre pessoas e casos, testemunhando, constatando, como é grande o número de médiuns fracassados ou decaídos e o que é pior, sem termos visto ou sentido neles o menor desejo de reabilitação sincera, pautada na escoimação real de suas mazelas, de suas vaidades, de suas intransigências, etc... O que temos observado cuidadosamente na maioria desses médiuns fracassados são tormentos de remorso, que, como chagas de fogo, queima-lhes a consciência, sem que eles tenham forças para se reerguer moralmente, pois se enterraram tanto no pântano do astral-inferior, se endividaram tanto com os “marginais do astral” que, dentro dessa situação, é difícil mesmo se libertar de suas garras... Isso porque o casamento de fluídos entre esse médiuns fracassados e esses “marginais do astral” - os quiumbas - já se deu há tanto tempo, que o divórcio, a libertação se lhes apresenta dentro de tais condições de sofrimento, de tais impactos, ainda acrescidos na renúncia indispensável a uma série de injunções, que o infeliz médium decaído prefere continuar com seus remorsos... Mas, situemos desde já, dentre os diversos meios pelos quais os médiuns têm fracassado, os três aspectos principais ou os três pontos-vitais que os precipitam nos abismos de uma queda mediúnica etc. Ei-los:
1. A vaidade excessiva, que causa o empolgamento e lança o médium nos maiores desatinos, abrindo os seus canais medianímicos a toda sorte de influências negativas;
A ambição pelo dinheiro fácil, exaltada pelo interesse que ele identifica nos “filhos-de-fé” em o agradar, em o presentear, para pedir favores, trabalhos, pontos, afirmações, que envolvem elementos materiais;
A predisposição sensual incontida, que lhe obscurece a razão, dada a facilidade que encontra no meio do elemento feminino ou masculino, que gira em torno de si por interesses vários e que comumente se deixa fascinar pelo “cartaz” de médium-chefe, babá, “chefe-de-terreiro”, etc.
Como a coisa começa a balançar a moral-mediúnica desses aparelhos?
O primeiro caso - o de vaidade excessiva: - uma criatura, homem ou mulher, tem o dom mediúnico. Naturalmente que o trouxe de berço, isto é, desde que se preparava para encarnar. Em certa altura de sua vida, manifesta-se a sua mediunidade. Eis que surge o protetor - caboclo ou preto-velho. Como no médium de fato da Corrente Astral de Umbanda a entidade também é de fato, é claro que ela faz coisas extraordinárias. Cura. Ajuda. Aconselha. Tem conhecimentos irrefutáveis...São tantos os casos positivos do protetor através da mediunidade do médium, que logo se forma em torno dele uma corrente de admiração, e de fanatismo também. A maioria dos elementos que o cercam, diante das coisas que vêem, são levados a agradar, a bajular e com essas coisas, inconscientemente, vão-lhe incentivando a vaidade latente. Isso de forma contínua.Devido a fortes predisposições à vaidade, começa por não dar muita atenção aos conselhos de suas entidades, não escuta as advertências que seu protetor vem fazendo...chega a ponto de se julgar o tal, quase um “pequeno-deus”. Ele pensa que a força é dele... que o protetor é dele. O médium vai crescendo em gestos, em palavras, pois que todos se acostumam a acatá-lo em respeitoso silêncio, quando não, pelo medo ou por interesse próprio... Vai crescendo sua vaidade e logo começa a fazer exibições mediúnicas... Passa a “trabalhar” sem estar corretamente mediunizado. Sua entidade protetora pode usar certos meios para manifestar seu desagrado, mas respeita também seu livre-arbítrio. Então, começam os desatinos, as bobagens e as confusões e respectiva falta de penetração nos casos e coisas. Começa a criar casos, a ter preferências e outras coisas mais. O ambiente de terreiro sai da tônica vibracional dos velhos tempos.O pobre médium que fracassou pela excessiva vaidade no íntimo é um sofredor, muitos se desesperam com o viver da arte de representar os caboclos, os pretos-velhos, etc... Enfim, ser um “artista do mediunismo”, também cansa, porque a descrença é o “golpe de misericórdia” em suas almas.
Terceiro caso - a queda pelo fator sexo. Este é um dos aspectos mais escabrosos, um dos lados mais escusos e um dos mais difíceis de ser perdoado pela entidade protetora... É um caso que está intimamente ligado ao primeiro, ou seja, o da vaidade excessiva. Um se completa, quase sempre, com o outro, e às vezes os três juntos. É que esse é um dos fracassos mais duros de ser suportado, não resta a menor dúvida, porque, mais do que nos outros, a Moral do médium fica na Lama em que ele se Sujou. É uma mancha que nem mesmo que ele tenha se regenerado completamente, mesmo assim, não se apaga...
Já dissemos como é que o médium de fato é logo envolvido pelas criaturas, com admiração, bajulações e fanatismo. Ele sente um constante endeusamento em torno de si e quase que sem sentir vai caindo na faixa da vaidade. Particularmente se sente muito visado pelo elemento feminino, que tem a propensão para se deixar fascinar pela mediunidade, mormente quando vê um homem bem apessoado.
O médium que trabalha na faixa da luz, no combate contra as mazelas, especialmente contra o “astral inferior” - convém sempre lembrar “orai e vigiai” constantemente. Por quê? Porque o baixo-astral que ele contraria, por força de sua mediunidade positiva, fica na sombra aguardando uma oportunidade para atacá-lo. Logo, se ele tem um ponto fraco qualquer, nesse caso, uma forte predisposição sensual, é certo que este mesmo baixo-astral lançará mão de todos os recursos para instigá-lo nesta parte...
Então, como não podem atacar diretamente, costumam fazê-lo indiretamente, lançando sobre ele a tentação do sexo, através de algum elemento feminino que o cerca e que por sua própria natureza é fraco.Isso no caso do homem médium. No caso da mulher médium é a mesma coisa. Essa caí mais depressa. Lançam o elemento masculino sobre elas e pronto... quase não tem muito trabalho, pois a mulher tem uma ponte de contato maior, muito maior que o homem, para o baixo-astral - é sua natural vaidade que é logo decuplicada... e pronto... é difícil escapar (há exceções, é claro).
Infelizmente é duro a nós dizer: - todos os fracassos, todas as quedas de médiuns, quer sejam homem ou mulher, têm-se dado, invariavelmente, com elementos ou criaturas que estão dentro do terreiro ou que fazem parte do corpo mediúnico, isto é, criaturas que estão sobre a responsabilidade moral e espiritual do chefe...
Fonte: http://www.aevb.org/

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