Zilméia nunca escondeu o profundo carinho que tinha pela Tenda e esteve presente em muitos momentos bons e em outros nem tanto da nossa casa. Compartilhou conosco alegrias e tristezas. Quantas vezes ligou para perguntar como comemoraríamos o aniversário da Tenda e dizendo que, se possível, estaria presente. Sempre que a visitava ou com ela falava ao telefone, ela contava de sua simpatia e carinho com nosso mentor, Ogum Timbiri, e nos brindava cantando seu ponto. Aqui ela fez amigos e conquistou o carinho de todos os que tiveram o privilégio de conhecê-la.
Para nós ela representa muito mais do que um baluarte da Umbanda porque ela sempre aqui veio como uma irmã mais velha de todos nós. Homenageada pelo que representava para nós umbandistas dizia não merecer as homenagens pois a simplicidade e humildade que a caracterizavam e mostravam a grandeza de seu espírito não inflavam o ego. Senhora de uma memória invejável nos proporcionava momentos deliciosos quando contava histórias do Chefe, como carinhosamente se referia ao Caboclo das Sete Encruzilhadas, de seus pais, de sua vida pessoal ou de umbandista. Difícil, portanto dizer adeus, pois temos certeza de que estará sempre aqui conosco. Mesmo que não a possamos mais ver. Quando nosso ex presidente Nélson desencarnou, dissemos que exsitem pessoas cometas e pessoas estrelas; que as pessoas cometas passam por nossa vida e as pessoas estrelas permanecem brilhando em nosso coração. Zilméia é uma estrela e permanecerá sempre brilhando no coração da Tenda Espírita São Jorge.
